O pão nosso de cada dia
Quem não gosta de um pão quentinho com manteiga no café da manhã? Usado como
sinônimo de vida e trabalho, alimento do corpo e da alma, o pão faz parte da
cultura de muitos povos e tem um significado importante em várias religiões.
Resultado do cozimento de uma massa feita com farinha de certos cereais,
principalmente trigo, água e sal, ele pode ter sido uma das primeiras comidas
preparadas pelo homem.
A história do pão é tão antiga que é até difícil dizer, com precisão, quando e
como ele apareceu. Historiadores, no entanto, estimam que o pão tenha surgido
há cerca de 12 mil anos, juntamente com o cultivo do trigo, na região da
Mesopotâmia, onde atualmente está o Iraque. De início, provavelmente, o trigo
era apenas mastigado. Só depois, ele passou a ser triturado com pedras e
transformado em farinha.
Nem sempre fofinho
Os primeiros pães eram feitos de farinha misturada ao fruto de uma
árvore chamada carvalho. Bem diferentes dos atuais, eram achatados, duros e
secos. Também não podiam ser comidos logo depois de prontos porque eram muitos
amargos. Era preciso lavá-los várias vezes em água fervente, antes de se fazer
broas que eram expostas ao sol para secar. As broas eram assadas da mesma forma
que os bolos, sobre pedras quentes ou debaixo de cinzas.
Os egípcios foram os primeiros a usar fornos de barro para assar pães por
volta do ano 7.000 antes de Cristo. Atribui-se também a eles a descoberta do fermento, responsável
por deixar a massa do pão leve e macia como conhecemos hoje.
As
evidências mais antigas de pão fermentado foram encontradas no Egito Antigo e
datam de 3.000 a.C. Mas nem todo mundo concorda que a produção de pão
fermentado só tenha começado a partir daí. Alguns historiadores acreditam ser
possível que o fermento, assim como o pão, tenha origem pré-histórica.
Isso mesmo! A desconfiança vem do fato de que as leveduras, fungos responsáveis
pela fermentação, estão em todos os lugares, incluindo a superfície de grãos
de cereais. Bastaria, assim, alguém esquecer de colocar a massa de pão úmida
para secar, alguns dias, para ela fermentar naturalmente.
Polêmicas à parte, o que se sabe é que, com o passar do tempo, as pessoas
perceberam que poderiam acelerar o processo de fermentação guardando um
pedaço da massa de pão do dia anterior para misturá-lo à massa do dia
seguinte. Na verdade, com isso, elas estavam acrescentando mais levedura à
massa.
www.invivo.fiocruz.br/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=817
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